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Continuação de “O Diabo Veste Prada” é confirmada e teaser gera burburinho nas redes

 Filme tem estreia prevista para maio de 2026 e traz de volta grande parte do elenco original

por Nicole Ferreira

Preparem seus scarpins vermelhos: O Diabo Veste Prada 2 está oficialmente a caminho. A confirmação veio por meio da conta oficial da 20th Century Studios, que divulgou um teaser enigmático e elegante, reacendendo a paixão dos fãs pelo icônico universo da revista Runway. Com previsão de estreia para Maio de 2026, o anúncio se tornou um dos assuntos mais comentados nas redes sociais.

Depois de quase duas décadas do lançamento do primeiro filme, em 2006, ninguém esperava por uma continuação. Apesar de o longa original ter sido inspirado no livro homônimo de Lauren Weisberger — que também teve uma sequência literária — o elenco sempre negou interesse em uma parte dois. Isso até a Walt Disney Studios confirmar o início da produção, com o retorno do diretor David Frankel (Marley & Eu) e da roteirista Aline Brosh McKenna (Crazy Ex-Girlfriend).

E, sim, Meryl Streep está de volta como Miranda Priestly — a temida editora-chefe da fictícia Runway — papel que rendeu uma indicação ao Oscar de Melhor Atriz em 2007. Anne Hathaway (Andy Sachs), Emily Blunt (Emily Charlton) e Stanley Tucci (Nigel) também retornam, assim como Tracie Thoms (Lily) e Tibor Feldman (Irv Ravitz).

Meryl Streep (Miranda Priestly), Anne Hathaway (Andy Sachs) e Emily Blunt (Emily Charlton) em
“O Diabo Veste Prada”

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Entre as novidades do elenco, Kenneth Branagh (Assassinato no Expresso do Oriente) foi escalado para interpretar o enigmático marido de Miranda, em que a identidade nunca foi revelada no primeiro filme. Outros nomes que se juntam à trama são Lucy Liu, Justin Theroux, Simone Ashley, B.J. Novak, Pauline Chalamet, Helen J. Shen e Conrad Ricamora. Adrian Grenier, que viveu Nate, o namorado de Andy no filme original, não retorna para a sequência.

Nova trama, novos conflitos

Segundo a revista Variety, a sequência vai explorar as transformações no universo da mídia e da moda. Agora, Miranda enfrenta o desafio de manter a relevância da Runway em tempos de declínio das revistas impressas e ascensão do conteúdo digital. Em meio a essa crise, ela entra em rota de colisão com sua antiga assistente, Emily — hoje uma executiva poderosa de um conglomerado de luxo que detém os investimentos publicitários que Miranda precisa.

A proposta da sequência é justamente atualizar o debate sobre relevância, poder e imagem, temas que o primeiro filme abordou com tanto estilo e ironia. Agora, em um mundo dominado pelas redes sociais, influencers e mudanças rápidas no consumo de conteúdo.

Anne Hathaway como Andy Sachs em
“O Diabo Veste Prada

A vilania necessária

Até hoje, fãs debatem se Miranda Priestly é realmente uma vilã. Para muitos, ela não passava de uma profissional exigente num mercado impiedoso. Sua postura rígida e muitas vezes tóxica, era vista por alguns como uma forma de sobrevivência no competitivo mundo editorial. A personagem, interpretada por Meryl Streep, foi inspirada em ninguém menos que Anna Wintour — que comandou a Vogue americana por 37 anos e anunciou sua saída recentemente.

Miranda surgiu como uma figura elegante e afiada de Wintour, criada a partir do livro de Lauren Weisberger, ex-assistente da editora. A obra se tornou um best-seller em 2003 ao narrar os bastidores do universo da moda com um olhar crítico e divertido, o que impulsionou a adaptação para o cinema. Segundo Streep, em entrevista ao IndieWire, ela sabia que o papel se tornaria um sucesso desde o início.

Meryl Streep como Miranda Priestly em
“O Diabo Veste Prada”

A ideia de revisitar esse universo agora, sob uma nova ótica e em uma nova era, é vista com entusiasmo — e cautela — pelos fãs. Será que O Diabo Veste Prada 2 conseguirá manter o charme do original e, ao mesmo tempo, dialogar com os novos tempos?