A flacidez da pele está entre os sinais mais visíveis e incômodos do envelhecimento. O processo é desencadeado pela queda progressiva na produção de colágeno e elastina, proteínas essenciais para a firmeza e sustentação cutânea. A partir dos 30 anos, essa perda atinge cerca de 1% ao ano. Para enfrentar esse processo natural, a estética vem se unindo à medicina regenerativa e ampliando seu arsenal com tecnologias que vão além dos preenchimentos tradicionais, apostando em protocolos capazes de estimular o corpo a se renovar. Um dos tratamentos mais recentes une a biorremodelação e a radiofrequência monopolar de alta potência. 

Afinal, o que é biorremodelação?

Para o desenvolvimento do protocolo, a dermatologista Mariana Gradowski emprega o biorremodelador Profhilo associado com a radiofrequência monopolar Volnewmer. “Essa tecnologia é a primeira radiofrequência capaz de atingir 67 °C nos tecidos internos de forma segura, promovendo retração da pele e ativação das fibras de colágeno e elastina”, explica. “Já o Profhilo atua como um verdadeiro alimento celular, criando um ambiente ideal para a regeneração da derme.”

Seu objetivo é combater a flacidez em diferentes regiões do corpo, como rosto, pescoço, braços, abdômen, joelhos e mãos, de forma minimamente invasiva. “Essa é uma das queixas mais frequentes no consultório, principalmente após os quarenta anos. O desafio é tratar de forma eficaz sem recorrer a intervenções cirúrgicas”, explica a dermatologista Mariana Gradowski.

Além da idade, diversos fatores contribuem para a flacidez, como o emagrecimento rápido, exposição solar em excesso e falta de exercícios. Mesmo entre pessoas ativas, o colágeno perdido dificilmente é recuperado sem intervenção médica. A técnica pode ser aplicada no rosto e em diversas áreas corporais como: pescoço, braços, abdômen, joelhos e mãos, com adaptações específicas para cada região. “Cada área exige um protocolo individualizado. Nas mãos, por exemplo, priorizamos a hidratação profunda; no abdômen, focamos na sustentação da pele.”

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No pescoço, a técnica BAP é utilizada para injetar o Profhilo em pontos estratégicos, definidos com base na anatomia facial, o que garante melhor distribuição do produto e maior hidratação da pele. Após 30 dias, realiza-se o tratamento com Volnewmer e, cerca de 20 minutos depois, uma nova aplicação de Profhilo.

No abdômen e nos braços, o protocolo segue a mesma lógica, com ajustes na ponteira da radiofrequência e na técnica de aplicação, conforme a área e o grau de flacidez. Nos joelhos, região de difícil tratamento, o Profhilo é aplicado em pontos específicos e, após 30 dias, o Volnewmer entra em ação para melhorar a firmeza da pele.

A aplicação pode ser feita em uma única sessão ou em etapas, de acordo com o perfil e as necessidades do paciente. Com sessões espaçadas — em média, uma a cada seis meses — e resultados visíveis em poucas semanas, o protocolo vem ganhando destaque por sua abordagem científica e eficaz.